terça-feira, 27 de novembro de 2012

Falso viral que promete "proteção de dados no Facebook" volta a circular na rede

Uma mensagem (velha) em inglês postada por alguns usuários do Facebook diz que ao postá-la no mural, o perfil estará se protegendo da rede social, evitando que a companhia possa utilizar os dados postados e informações pessoais.  A mensagem, que começou a circular no primeiro semestre do ano durante o fim do processo de abertura de capital da empresa, é falsa.
O longo texto em inglês informa que a postagem fará com que o a rede esteja “estritamente proibida de copiar, distribuir, disseminar ou realizar qualquer ação [com os dados] contra mim, baseado neste perfil ou em seus conteúdos.”
A provável razão para a volta da mensagem é que o Facebook, recentemente, divulgou o fim do sistema de votação por usuários para aprovar mudanças em sua política de privacidade. O mecanismo funcionava na rede desde 2009.
O que os usuários não percebem é que, ao utilizar o Facebook, eles acabam aceitando os termos de uso da companhia. Eles autorizam, por exemplo, que a rede, baseado nas informações dos usuários, exiba publicidade direcionada. Por mais que a mensagem cite leis americanas, a postagem não tem nenhum tipo de valor jurídico.

Veja na íntegra a mensagem falsa (em inglês)

  • Reprodução

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Mensagem já teve versão brasileira
Em meados de setembro, o texto, que supostamente evita o Facebook de “roubar” dados do usuário, também ganhou uma versão praticamente toda traduzida para o português e foi compartilhada por diversos usuários brasileiros da rede social.
Na época, o Facebook informou que cada perfil consegue estabelecer os limites para o conteúdo que compartilha. “Qualquer pessoa que usa o Facebook detém e controla os conteúdos e informações que ela posta, como estabelecem nossos termos. Os usuários conseguem controlar como o conteúdo e a informação são compartilhados na rede”, informou a companhia em nota.
“No Facebook, prevalecem os termos de uso da rede social”, disse Renato Opice Blum, advogado especialista em Direito Eletrônico. Segundo ele, a referência à UCC (que é uma espécie de código comercial americano) na mensagem serve apenas para dar um status de seriedade ao aviso.
“Este é um fenômeno interessante, pois há sete anos havia uma mensagem viral parecida, que dizia que o envio massivo de e-mail não configurava spam, de acordo com uma diretiva europeia”, comentou Opice Blum.

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