Por Vitório Peret
Por
Vitório PERET*
Do Rio de Janeiro
para
UFOVIA
BELÉM DO PARÁ -
Era início de julho de 1977 algumas pessoas
estavam reunidas na praça da Baía do Sol (Mosqueiro), em Belém/PA, para
mais uma vigília. Foi então que tomamos conhecimento através de
populares, sobre um caso ocorrido na localidade de Igarapé Açu, poucos
dias antes. Como passaríamos a noite em Mosqueiro, decidimos que ao
amanhecer iríamos nos deslocar até aquela região, distante uns 90km
dali.
FRANCISCO -
Lá chegando procuramos as pessoas envolvidas no
caso e ouvimos o seguinte: O Sr. Francisco, 72 anos como, de hábito
desde jovem acordava nas madrugadas para retirar sua rede de cercar igarapé
(pesca de camarão). Nunca ao longo de seus anos de pescador havia perdido a
hora para sair de casa e naquela madrugada, surpreso, percebeu que já havia
amanhecido. Sua casa toda feita em madeira deixava entrar pelas frestas e
pelo telhado, uma luz que segundo nos disse, imaginou ser do sol.
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Região
de Marajó:
O Pupupú é o transporte mais
eficiente da região.
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Retornou ao quarto e chamou sua esposa, dona
Ana, para dizer-lhe que o sol já estava alto e que provavelmente, já teriam
roubado sua rede e não teriam, portanto o que almoçar. A esposa logo
percebeu que realmente já era dia claro e foi com ele até a cozinha, mas
tinham dúvidas quanto ao horário, pois em suas mentes, ainda era início da
madrugada. Com cautela resolveram abrir a porta dos fundos que dava para seu
imenso quintal.
LUZ INTENSA -
Neste momento uma intensa luz avermelhada
invadiu o ambiente, obrigando Francisco a fechar a porta imediatamente. A
intensidade da luz deixou ambos encandeados durante alguns minutos, sentia
uma queimação que os impedia de abrir os olhos. Passado algum tempo foram
recobrando a visão quando então, deram conta de que a luz já não estava mais
naquele local.
Sr. Francisco embora aconselhado pela esposa a
não sair, decidiu abrir novamente à porta e percebeu que ainda era noite
profunda, não sabia exatamente a hora, pois não possuíam relógio. No
quintal, tudo parecia calmo e, tomado de coragem decidiu ir buscar sua rede
e assim partiu contrariando a esposa.
'Os galhos e as folhas
apresentavam externamente uma aparência
perfeita em suas cascas e
bordas, porém internamente estavam
como carvão, ao esfregar uns
aos outros esfarelavam facilmente'
SUMIÇO -
O dia amanheceu, as horas passavam e nada de
Francisco voltar. dona Ana decidiu então procurar por seus quatro filhos que
moravam nas proximidades e então contou a eles o que havia acontecido
durante a noite. Os filhos reuniram-se e decidiram fazer uma busca nos
locais onde costumavam pescar. Procuraram por várias horas e nada, até que
um deles encontrou e reconheceu o chapéu que seu pai usava. Voltaram à casa
de sua mãe para reunir vizinhos e amigos para intensificar as buscas, já que
a noite se aproximava.
Com o auxílio de lamparinas buscaram muitos
lugares noite adentro, mais nenhum vestígio de seu pai, indagaram a outros
que ali pescavam e não havia nenhuma informação. Decidiram então suspender
as buscas e reiniciá-las logo ao raiar do dia. Tal procedimento foi feito
durante quatro dias consecutivos e mais nada souberam de Francisco.
Certos de que seu pai havia se afogado, reuniram
as pessoas da família, amigos e vizinhos ao amanhecer do quinto dia. Estavam
todos no quintal da casa quando um deles avistou o Sr. Francisco vindo pelo
caminho. Alegremente correram todos ao seu encontro, o que lhe causou grande
espanto, pois segundo suas palavras não entendia o porque de tanta gente em
sua casa.
TEMPO PERDIDO - O filho mais velho contou ao pai o que se
passara e que ele estivera desaparecido por quatro longos dias, foi quando
então Sr. Francisco mais surpreso ainda lhes disse: “Êpa, 'peraí', não tem
nem três horas que eu saí de casa, ainda num ‘tá’ nem na hora do almoço” e
abrindo um paneiro mostrou a todos o resultado de sua pescaria e os amigos
se retiraram sem nada entender.
Para Francisco, tudo estava perfeitamente
normal, até seu chapéu estava no prego atrás da porta. Após ouvirmos este
caso narrado pelo próprio Francisco, dona Ana nos levou até sua cozinha e
nos mostrou no assoalho de tábuas a marca provocada pela luz no ângulo de
abertura da porta, foram cerca de uns 45º de uma leve queimadura (uma
sombra). Nenhum de nós havia levado máquina fotográfica para registrar
algo tão importante.
Fora da casa com D. Ana, admirávamos o terreno
onde havia muitas árvores quando Francisco nos chamou para olhar com atenção
nas árvores mais altas. A princípio não vimos nada que pudesse realmente
chamar nossa atenção, foi quando então com auxílio de uma corda e forquilha,
quebramos diversos galhos e o que vimos nos causou imensa surpresa.
PLANTAS CHAMUSCADAS -
Os galhos e as folhas apresentavam externamente
uma aparência perfeita em suas cascas e bordas, porém internamente estavam
como carvão, ao esfregar uns aos outros esfarelavam facilmente. Foram
recolhidas pela equipe, várias amostras das folhas e galhos para serem
encaminhadas para análise. Posteriormente, com o auxílio do comandante da
extinta companhia aérea Cruzeiro do Sul, que acompanhava nossa equipe como
convidado, o material foi encaminhado ao C.I.O.V.E. (Centro Investigador de
Objetos Volantes Extraterrestres), entidade espanhola com sucursal em São
Paulo.
O laudo do C.I.O.V.E., assinado pelo Sr. Osni
Schwarz, datado de 16 de julho de 1979, atestou que:
1) As fibras vegetais encontravam-se
desidratadas;
2) As células mortas pro ação do calor,
demonstram que o material foi exposto por momentos a grandes temperaturas;
3) Não possuem radioatividade.
Esta investigação foi realizada atendendo a uma
solicitação do militar João Flávio de Freitas Costas, membro, fotógrafo e
desenhista da
Operação Prato. Flávio que era considerado "braço direito" do
coronel Uyrangê Hollanda, naquela mesma data estaria se deslocando com sua
equipe para a localidade de Salvaterra, situada na região frontal da ilha de
Marajó.
*
Vitório Peret
é pesquisador em Ufologia e articulista de
UFOVIA.
-
Foto:
Arquivo Via Fanzine.
- Produção:
Pepe Chaves.
Apêndice:
Revendo o 'Caso Francisco', décadas depois...
Tudo indica que o Sr. Francisco esteve exposto a alguma fonte
eletromagnética e
possivelmente tenha passado pela experiência de abdução
durante seu tempo perdido.
Comentários de
Fábio BETTINASSI*
De Araxá-MG
Para
UFOVIA
Pelo que parece a luz que os deixou
“encandeados” trata-se de uma luz portadora ou atuando em conjunto com
freqüências de microondas na faixa dos 2.9 Gigahertz, semelhante ao forno de
microondas caseiro.
Porque este espectro da freqüência
eletromagnética está em sintonia com a molécula da água. Por isso, o forno
esquenta somente alimentos que contenham água em sua composição e não metais
ou plásticos, porém esquenta a madeira.
Assim, podemos em analogia, atribuir o fato da
queimadura nos olhos, por uma intensa irradiação de microondas. A luz pode
ter a finalidade exploratória, funcionando como uma espécie de escaner
3D.
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IGARAPÉ AÇU -
região de Igarapé
Açu, entre afluentes do Tapajós (no alto).
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Posso dizer que a suposta “nave” do lado de fora
estava escaneando o telhado da casa e os moradores, simultaneamente, fazendo
leituras usando as microondas. Podem existir outros elementos presentes,
como: raio X, raios T, varreduras de infra-vermelho, ultra-violeta,
espectrofotometria de genes, análises de DNA por microscopia eletrônica,
ressonância magnética e telemétricos
em geral. Tudo isso pode ser manipulado com freqüências
eletromagnéticas variadas.
Em momento nenhum da narrativa foi falado sobre
nave voadora. Por exemplo, poderia se tratar muito bem de um
caminhão-laboratório ou tanque de assalto de guerra biológica, equipados com
ferramentas de medições e interatividade. Ou mesmo, poderia ser algum outro
tipo de veículo, ainda que bastante complexo, fosse convencional ou não, mas
de tecnologia terrestre.
Vejo que três coisas são mais prováveis para
explicar esta questão:
1 -
Francisco pode ter sido abduzido pela suposta nave alienígena ou laboratório
móvel e após quatro dias sua memória foi ‘deletada’, ele teria retornado
então, até o momento em que saiu de casa pela primeira vez. Com
hipnose é possível acessar a lacuna entre o tempo físico e o tempo emocional
de Francisco.
2 -
É possível que Francisco tenha passado por um vórtex do tempo (espécie de
portal) que o projetou quatro dias à frente. O fenômeno do vórtex do
espaço-tempo é comum na região conhecida como Triângulo das Bermudas, além
de alguns casos relatados no Chile.
3 –
Ao avistar o objeto durante a noite ao lado de sua esposa, Francisco pode
ter sido submetido a intensos campos magnéticos de forma a influenciar as
regiões do hipocampo e da hipófise, produzindo nele a sensação física da
inexistência dos 4 dias passados. Geralmente alterações nesta região do
cérebro - que atua na percepção de tempo e dimensão -, afetam também regiões
da memória por uma espécie de efeito colateral.
Quanto à constatação de plantas queimadas,
considero evidências fortes de atividade eletromagnética de microondas de
alta potência, porque queimou o assoalho de tábuas e não a parede de
alvenaria ou taipa, evidenciando uma característica da ação de uma
determinada freqüência de microondas atuando na madeira.
Também fica patente (conforme afirma o cópia do
laudo pericial do
C.I.O.V.E.
que obtivemos) que os vegetais queimaram-se de
dentro para fora, exatamente como um forno de microondas residencial que
aquece os alimentos de dentro para fora. Este tipo de queimadura em vegetais
já foi bastante registrado, sendo fartamente encontrada em diversos casos
onde figuram objetos e luzes estranhas atuando próximas ao solo.
Conclusões finais:
1) Possivelmente, a casa de Francisco foi
examinada e escaneada em busca de inúmeros tipos de informações, inclusive,
biológicas, físico-químicas e até arquitetônicas;
2) Francisco e Ana tiveram contato direto
com possíveis fontes microondas em alta intensidade, além de terem sido
possivelmente submetidos a diversos outros raios desconhecidos, com isso,
ambos podem ter sofrido algumas alterações metabólicas alguns dias depois do
ocorrido;
3) Francisco, durante os 4 dias de
sumiço, provavelmente foi abduzido pela suposta nave ou laboratório móvel
que projetou a luz. Neste período poderia ter sido submetido a
projeções de raios, freqüências eletromagnéticas diversas, que podem ter
afetado as regiões do hipo-campo cerebral, causando um lapso entre o tempo
real e o tempo biológico.
4) Francisco e Ana, posteriormente, podem
ter portado alguma alteração genética, implante psicotrônico ou eletrônico
e, quiçá, alguma espécie de nanomecanismo biológico com leitura orgânica;
vírus ou princípio ativo de alguma experiência laboratorial conduzida em
sigilo por civilizações de origem alienígenas ou por militares de grandes
potências da Terra.
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